domingo, abril 04, 2010


Este não foi propriamente um Domingo de Páscoa tradicional. Não houve cabrito, não houve familia à mesa, não houve amendoas na mesa nem flores amarelas e brancas no centro da mesa. Fomos ver a minha flor. Estava muito bem disposta. Ficou encantada de nos ver todos juntos, falámos de tudo um pouco e no fim ficou com uma lágrima no olho quando nos viemos embora. Eu também. É a primeira Páscoa que passo sem ela. Fomos ver os sogrinhos. Eu e ela abraçamo-nos e choramos muito. Somos mesmo fontanários, como dizia o pai. Mas gosto dela e neste momento do que ela precisa é de muito carinho. Lidar com doenças complicadas é difícil, ainda pior quando são dentro do nosso circulo familiar.

Estes últimos meses não têm sido nada fáceis. Mal entendidos, lágrimas, desamor, desarmonia, doença, enfim... houve uma altura em que pensei que já não tinha forças, só me apetecia desaparecer, dormir para sempre, ir ter com o pai. Muitas vezes olhava para a janela da cozinha e pensava que se a ultrapassasse, acabavam-se os meus problemas. Depois ouvia a voz do Pipocas ou a do Guguinhas e pensava que tinha que continuar. Claro que o meu amorzinho esteve sempre do meu lado, mesmo quando estava contra mim. Sem a força dele não conseguia seguir em frente. Entretanto, cheguei até aqui. Os nervos estão num frangalho, a minha autoestima para lá do negativo, não consigo sequer olhar-me ao espelho, sinto-me horrível, mas acho que consigo dar a volta por cima. A harmonia parece que está a entrar novamente na minha vida. Penso que ainda nos falta ultrapassar algumas coisitas, só o tempo o dirá. Pelo menos serviu para amadurecer um bocadinho e ter a certeza de que o meu amor por ele vai durar até à eternidade

1 comentários:

Vivian

Amiga, fico tão feliz por saber que a harmonia está a voltar (novamente) à vossa vida. E tu mereces tanto... Ainda bem que tens aí contigo o "teu melhor amigo". Um beijinho muito grande.

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